Taxa de informalidade baixa para 79,3%

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A taxa de informalidade para a população com 15 ou mais anos de idade, no mercado de trabalho angolano, reduziu de 80,5 por cento para 79,3%, representando 22 mil e 822 pessoas que deixaram de exercer a actividade económica informal.

Os dados em referência resultam da diferença entre as nove milhões 34 mil e 892 pessoas envolvidas nos negócios informais, registadas no I trimestre deste ano, com os nove milhões 12 mil e 70 comerciantes, no II trimestre, segundo cálculos efectuados pela Angop, com base os números do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo a folha de informação rápida do Inquérito ao Emprego em Angola (IEA) do INE, no período em análise, a maioria dos empregados informais foram trabalhadores por conta própria (49,5%), familiares (29,8%) e trabalhadores para o consumo próprio (12,2%), com maior incidência na zona rural.

A redução da informalidade no mercado de trabalho surge dez meses depois do Governo angolano ter lançado formalmente o Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), em Novembro de 2021, no mercado do KM 30, em Luanda, com vista a formalização da actividade económica no país.

Desde a implementação desse programa já foram formalizados, até Agosto último, 246 mil e 189 negócios de operadores económicos (vendedores de bancada e ambulantes), dos quais alguns beneficiaram de créditos para reforço dos seus empreendimentos.

O PREI é uma iniciativa do Governo de Angola, com apoio orçamental da União Europeia e assistência técnica do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Taxa de emprego e desemprego

Quanto à taxa de emprego para a população com idades de 18 ou mais anos, o INE aponta um ligeiro aumento de 68,3%, no I trimestre, para 68,6% até Junho último, enquanto a taxa de desemprego situou-se em 26,2%, contra 27,2% no período anterior.

Na mesma faixa etária, o Instituto Nacional de Estatística indica ainda que a população empregada aumentou de dez milhões 616 mil e 48 para dez milhões 777 mil e 734, representando uma subida de 1,5 por cento.

Por outro lado, a taxa de desemprego para a camada mais jovem (15 ou mais anos de idade) fixou-se em 30,2% no período em referência, num universo de quatro milhões 913 mil e 481 da população desempregada, contra 30,8% registado no I trimestre (quatro milhões 995 mil e 991).

Nessa população, a taxa de emprego foi de 62,7%, em 11 milhões 370 mil e 798 da população empregada, contra 62,5% (11 milhões 218 mil e 924).

Para a população com a faixa etária 15 a 24 anos de idade, a taxa de emprego foi de 36,2% no II trimestre, numa população empregada de dois milhões 376 mil e 607, enquanto no I trimestre fixou-se em 35,9%, com uma população de dois milhões 335 mil e 114.

Nesse segmento, a taxa de desemprego foi de 56,7% no II trimestre, numa população desempregada de três milhões 109 mil e 296, contra 57,2% (três milhões 116 mil e 57) no I trimestre.

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