
Com esta capacidade, o país continua a posicionar-se acima da média convencional da região SADC, que estipula um mínimo de reservas para até seis meses em casos extremos. As de Angola, até ao momento, estão acima desse indicador.
As reservas do país são, fundamentalmente, sustentadas pela venda das exportações de petróleo.
Em relação às operações no mercado cambial angolano, os dados do BNA indicam que os clientes particulares e empresas compraram aos bancos comerciais no mercado cambial, de Janeiro a Novembro, divisas estimadas em 1,11 mil milhão de dólares.
Segundo o Banco Nacional de Angola (BNA), a média mensal foi de 101,4 milhões de dólares, todavia, nos meses de Janeiro, Abril, Agosto e Setembro não houve o registo de qualquer venda. Quer isso dizer que, o 1,11 mil milhão de dólares se dividem por outros sete meses, dando aqui uma média de procura mensal de aproximadamente 160 milhões de dólares. O mês de Junho, com 323 milhões foi o de maior procura, seguido por Novembro (271 milhões) e Julho (233 milhões), ao passo que Março, com 400 mil dólares vendidos, foi o que menor venda/procura registou.
Indicadores de 2021
Os dados destes 11 meses contrariam todos os indicadores de 2021, ano em que se vendeu 675,7 milhões de dólares, mas vale também só um terço dos indicadores de 2020, período em que foram vendidos um total de 3,2 mil milhões de dólares e mais 864,8 milhões de euros. Considerando os 915 milhões dados mostram que em 5 anos foram vendidos também 24,2 mil milhões de euros e mais 955 milhões de euros vendidos em 2019, os 11,4 mil milhões de euros de 2018 e os 10,9 mil milhões de euros, de 2017, conclui-se que nos últimos cinco anos, a banca libertou divisas num montante de 6.002 milhões de dólares e 24.219 milhões de euros para fins diversos.
A informação do Departamento de Mercados do BNA mostra que em 2017 e 2018 não foram vendidos dólares e em 2021 e 2022 a mesma situação deu-se para com o euro.