
O número da população empregada, no II trimestre deste ano, aumentou para 6,1 por cento, enquanto que a taxa de emprego de jovens, com idade entre 15 e 24 anos, aumentou 0,8 por cento, comparativamente com o período homólogo do ano passado.
De acordo com o relatório sobre o Inquérito ao Emprego em Angola, até Junho, 11,3 milhões da população, com 15 ou mais idade activa, declarou ter trabalhado por conta de outrem, própria ou num negócio familiar, durante uma hora.
Segundo o inquérito do INE, dos 11,3 milhões da população que declarou ter trabalhado, no período em análise, 5, 6 milhões são homens, e 5,7 milhões são mulheres. Deste número, 4, 9 milhões de pessoas não tinham trabalho remunerado, nem qualquer outro, mas estavam disponíveis a trabalhar num período superior a 15 dias.
De acordo com o inquérito do INE, no período em análise, a população que trabalha na produção para o consumo próprio aumentou em 6,2 por cento, e a taxa de actividade da população, com 15 ou mais idade, situou-se em 89,8 por cento, registando uma diminuição de 0,5 por cento, em relação ao I trimestre.
O inquérito revelou que a população economicamente activa, com 15 ou mais anos, é estimada em 16.284.279 pessoas, das quais 7, 9 milhões são homens e 8,3 milhões são mulheres.
A taxa de actividade da população, com 15 ou mais anos, foi estimada em 89,8 por cento, sendo 90,7 por cento para homens, mais elevada que a das mulheres, representada em 88,9 por cento. A taxa de actividade na área rural é superior à urbana que representa 94,0 por cento e 87,3 por cento, respectivamente.
“A taxa de emprego foi estimada em 62,7 por cento, sendo na área rural de 80,6 por cento e na área urbana de 52,4 por cento, à semelhança da evolução ocorrida em quase todos os trimestres, resultando numa diferença de 28,2 por cento. A taxa de emprego dos homens é de 65,0 por cento e das mulheres é de 60,5 por cento”, lê-se no inquérito.
População empregada
No II trimestre, a população empregada aumentou para 1,4 por cento, em relação ao I trimestre, em que a taxa de emprego aumentou para 0,2 por cento. A taxa de emprego representa 0,3 por cento, para os homens, e 0,2 por cento, para as mulheres. Enquanto que a taxa de emprego dos jovens com 15 e 24 anos aumentou para 36,2 por cento, contra os 0,8 por cento do I trimestre.
“Um pouco mais da metade da população (53,2 por cento) empregada declarou que o local onde exerce o seu emprego ou onde trabalha, tem como actividade principal económica a agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca, seguido do comércio a grosso, retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos, com 19,1 por cento, actividades administrativas pública e defesa e segurança social, com 6,9 por cento, transporte, armazenagem e comunicação, com 4,1 por cento”, lê-se.
Para o Instituto Nacional de Estatística (INE), em Angola, a maioria das pessoas empregadas encontra-se no emprego informal, o que representa 79,3 por cento, deste percentual, 70,4 por cento corresponde aos homens e 88,0 por cento às mulheres. O INE revela que, no II trimestre deste ano, a maioria dos empregados no emprego informal foram trabalhadores por conta própria(49,5 por cento), trabalhadores familiares (29,8 por cento) e trabalhadores para o consumo próprio(12,2 por cento).
População desempregada
O inquérito aponta que a população desempregada, com 15 ou mais anos, é estimada em 4, 9 milhões de pessoas, das quais 2,2 milhões são homens e 2,6 milhões são mulheres. A taxa de desemprego na população, com 15 ou mais anos, é estimada em 30,2 por cento, 31,9 por cento para as mulheres e 28,3 por cento para os homens, com uma diferença de 3,6 por cento.
O inquérito indica que a taxa de desemprego, na área urbana(40,0 por cento) é cerca de três vezes superior à da área rural(14,3 por cento),com uma diferença de 25,7 por cento.
População inactiva
No II trimestre, a população inactiva, com 15 ou mais anos, é estimada em 1,8 milhões de pessoas, em que 9,3 por cento representa os homens e 11,1 por cento para as mulheres. A taxa de inactividade da população, com 15 ou mais anos, é de 10,2 por cento, sendo duas vezes mais elevada na área urbana(12,7 por cento)que na rural(6,0 por cento).
INE detalha situação do mercado
Com a publicação da folha de informação rápida do Inquérito ao Emprego em Angola (IEA), o Instituto Nacional de Estatística coloca à disposição da sociedade informação sobre a caracterização da população face ao mercado de trabalho referente ao II trimestre de 2022.
Os resultados do IEA apresentados nesta folha de informação rápida servirão de suporte à monitoria dos indicadores sobre emprego e desemprego, assim como para sustentar a formulação de políticas macroeconómicas e avaliação dos programas sociais, em particular sobre a criação de emprego e redução da pobreza em Angola.
Por outro lado, a actual situação da pandemia Covid-19 obriga à adopção de medidas de biossegurança em relação à saúde pública, que de certa forma afectam a recolha de informação quer da parte dos inquiridores, bem como dos inquiridos, sem no entanto afectar a representatividade da amostra. Apesar do actual distanciamento social, por razão da pandemia Covid-19, o INE continua a recolher a informação, fazendo todos os esforços para assegurar a produção e divulgação das estatísticas trimestrais de emprego.