
O Ministério da Indústria e Comércio foi um dos principais contribuintes para o alcance do crescimento económico fora do sector não petrolífero e diversificação da economia em 2022.
O contributo foi visto na estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é de cerca de 3,0 por cento, com base na execução do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022).
A avaliação foi feita pelo ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, em declarações aos órgãos de comunicação social à margem da cerimónia de cumprimentos de fim-do-ano concedida aos funcionários da instituição que dirige, tendo enaltecido o empenho dos funcionários do ministério durante o ano 2022, depois de um período de restrições devido à pandemia.
O titular da pasta da indústria e Comércio frisou que a responsabilidade e objectivo daquela instituição “é garantir que o que está bem feito se mantenha e que possamos ir melhorando na entrega dos níveis de serviço que o sector e as populações necessitam”, assentes nas premissas para o aumento da empregabilidade e bem estar dos cidadãos na sua plenitude.
Victor Fernandes reconhece que a balança comercial “ainda é deficitária”, na medida em o nível de exportação de produtos fora do sector não petrolífero está muito distante do que representa o volume de importação, mas deixa transparecer a sua crença num futuro promissor em função considerável “aumento da produção nacional ser já um facto”.
“Se formos às lojas de distribuição moderna, aos mercados e outros locais, notamos que há, de facto, um aumento muito grande da produção nacional, principalmente ao nível dos produtos alimentares. A indústria transformadora de produtos alimentares também aumentou muito a sua capacidade, o que significa que o sector não petrolífero da economia está a crescer. Este crescimento do sector não petrolífero é o melhor para um país que se quer desenvolvido, é o melhor para um país que quer gerar empregos”, frisou.
Victor Fernandes disse que o Executivo está consciente da existência de uma elevada taxa de desemprego, pelo que sublinha que “esta é a trajectória que devemos seguir para inverter a situação e colocá-la na nossa prioridade máxima”, garantir um ambiente de negócios capaz de fazer com que os empresários se sintam cada vez mais compelidos ao risco e assumir a sua responsabilidade de geração de emprego.
Conforme disse, o objectivo é manter a marcha de crescimento, de modo que este crescimento se traduza no aumento da empregabilidade, da qualidade e constância do emprego. Para o ministro, 2022 foi um ano de arranque desta nova trajectória de crescimento, após um período de recessão causada por diversos factores e agravada pela pandemia da Covid-19, pelo que estamos muito expectantes quanto aos resultados a serem alcançados durante o quinquénio 2023-2027, em que, além de se consolidar o crescimento do ano prestes a findar se consiga projectar níveis mais elevados de crescimento.
Condicionalismos
O ministro da Indústria e Comércio disse que o confinamento e demais restrições impostas pela pandemia da Covid-19, imprimiram e provocaram mudanças de postura, conduta, forma de programações e planificações quer ao nível das instituições quer pessoais.
Victor Fernandes, que discursava na cerimónia de cumprimentos de fim-de-ano, enalteceu o colectivo de trabalhadores por ter conseguido manter em funcionamento todos os serviços e tarefas que lhes são atribuídas em condições adversas, “em que foram vencidos os desafios impostos pela fusão e dois ministérios” e a consequente missão de dinamizar um sector “crucial no processo de diversificação da nossa economia”.
De acordo com o ministro, não seria possível ter o Ministério a funcionar sem a colaboração de cada um dos funcionários, particularmente durante o período de Estado de Emergência em que ficou reduzida a força de trabalho e limitou as actividades do pelouro.
“Cabe-me agradecer a todos os funcionários e colaboradores, principalmente àqueles que se empenharam nesses dias mais difíceis”, avançou Victor Fernandes.
O ministro apelou aos funcionários a utilizarem as lições aprendidas para melhorar a prestação pessoal no ano que se avizinha, o que, na visão do governante, passa por valorizar algumas constatações e ilações obtidas na esperança de que cada um, com honestidade, saberá corrigir ou melhorar para que o Ministério da Indústria e Comércio, ao crescer, dentro dos limites legais e disponibilidade orçamental possa ajudá-los no âmbito pessoal e social.
“Devemos continuar a marcha no sentido de apoiar as iniciativas de diversificação da nossa economia, que se reflectem na vontade empreendedora de muitos cidadãos, entre eles colegas nossos, temos de motivar isso porque esse é o caminho certo. Olhando para as perspectivas nacionais e internacionais, tudo nos motiva a crer em dias melhores e no Ministério da Indústria e Comércio que deu orgulho a todos quantos integram esta família de profissionais, bom ânimo, muita saúde, paz a todos e suas respectivas famílias”, concluiu.