
A maior disponibilidade de moeda estrangeira no mercado impulsionada pelo aumento do preço de petróleo e consequente aumento das receitas de exportação, bem como da captação de recursos provenientes de financiamentos externos, com destaque a emissão de Eurobonds, permitiu o Kwanza ganhar terreno em relação ao dólar e à moeda da zona euro. Petrolíferas foram as que mais venderam divisas aos bancos e o BNA mantém-se interventivo no mercado.
A moeda nacional apreciou 28,61% face ao dólar e 40,99% face ao Euro no primeiro semestre deste ano, de acordo com as contas do Banco Nacional de Angola (BNA).
A taxa de câmbio do kwanza em relação ao dólar norte-americano (USD/AOA) ao longo do semestre apresentou uma trajectória descendente, sendo que cada dólar (1 USD) valia 555 Kz em Dezembro de 2021 e em Junho passou a valer 428,21 Kz, o que corresponde a apreciação de 28,61%.
Já a taxa de câmbio do Kwanza face ao Euro (EUR/AOA) passou de 1 USD a 629 Kz para em 446,1 Kz no mesmo período, justificando o ganho de 41,0%.
O Banco Central justifica que a apreciação do Kwanza deve-se a estabilidade do mercado cambial face à diversidade de fontes de aquisição de moeda estrangeira a partir da plataforma da Blomberg (FXGO), nomeadamente, o Tesouro Nacional, as empresas do sector petrolífero e diamantífero e, pontualmente, o BNA.
A maior disponibilidade de moeda estrangeira no mercado cambial foi impulsionada pelo aumento do preço de petróleo nos mercados internacionais e consequente aumento das receitas de exportação, bem como da captação de recursos provenientes de financiamentos externos, com grande destaque a emissão de títulos de dívida soberana nos mercados internacionais (Eurobonds).
De acordo com o BNA, com a liberalização do mercado cambial, a determinação da taxa de câmbio resulta da interacção entre a procura e oferta de moeda, ou seja, em função da dinâmica do mercado cambial, reflectindo deste modo o preço da moeda.