
A consultora Fitch Solutions alertou, esta segunda-feira, para a necessidade de haver mais refinarias na África Subsaariana para aproveitar na totalidade o potencial de exploração da região e evitar o impacto da volatilidade dos preços internacionais.
“Muitas das refinarias da região sofreram de subinvestimento generalizado nos últimos anos, o que levou a fracas taxas de utilização e problemas de manutenção”, lê-se num análise da consultora Fitch Solutions ao sector do petróleo e gás da África Subsaariana.
Na análise enviada aos investidores, os analistas da consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings escrevem que é preciso um investimento maior nas refinarias da região, e até novas refinarias, para a região conseguir tirar proveito dos mais 125 mil milhões de barris em reservas comprovadas, das quais apenas pouco mais de um milhão é refinado na região.
“Vários projectos de refinação estão em avaliação ou já lançados, o que vai ajudar a reduzir a necessidade de importações de petróleo refinado até médio prazo”, dizem os analistas, citados pela Lusa, apontando os casos de Nigéria, Angola e Uganda como os únicos países em que a capacidade de refinação vai aumentar.
No caso particular de Angola, a consultora argumenta que “uma nova estratégia multianual do Governo de Angola melhorou o potencial da capacidade de refinação no país, que deverá aumentar em 168 mil barris até 2024, havendo a possibilidade de serem refinados mais 200 mil barris por dia”.